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Educação para a Sustentabilidade no Brasil: Barreiras, Desafios e Retrocesso

Educação para a Sustentabilidade é um dos assuntos bastante discutidos nos dias de hoje, principalmente por pesquisadores europeus. Se antes se tinha bastante barreiras e desafios para se estudar ou implementar a Educação para a Sustentabilidade nas Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil, no atual governo o que se observa é um deplorável retrocesso acadêmico. Na área de educação, o obscurantismo no Ministério da Educação é de uma violência brutal, inaceitável em qualquer sociedade democrática e civilizada. Recentemente cientistas americanos denunciaram que os Estados Unidos vão levar mais de dez anos para recuperar os danos causados pelo governo Trump na área acadêmica, especialmente na área das ciências ambientais, onde vários grupos de pesquisa foram eliminados. No Brasil a destruição é pior, pois atinge quase todos os órgãos de educação do país, diante do doentio viés ideológico do governo. O conceito de sustentabilidade vem de longe, formado no contexto das florestas

Capitalismo Responsável e Sustentabilidade

Desde que o prêmio Nobel de economia, Milton Friedman, escreveu em 1970, que a responsabilidade social dos negócios é aumentar seus lucros, a confiança do público no capitalismo começou a diminuir, principalmente com a crise financeira de 2008, exacerbando a desigualdade da renda. Assim sendo, para muitos o capitalismo do século vinte não é mais viável, enquanto para outros é irremediável, ao se perceber que o crescimento não pode ser alcançado ao custo de destruição do planeta e da explosão das desigualdades sociais. O grupo de países mais ricos e industrializados, o chamado G7, que criou estas desigualdades sociais, deve ter reconhecido a importância do tema, durante o recente encontro na França, diante das inúmeras manifestações ocorridas durante o evento. Como membro do grupo, o Presidente da França, Emmanuel Macron, tem enfrentado inúmeras manifestações organizadas pelos chamados “coletes amarelos”, que conseguiram unir esquerda, direita e o apoio maciço da população francesa

GOVERNO BRASILEIRO NA CONTRA-MÃO DA SUSTENTABILIDADE

A maioria do povo brasileiro acreditou que o sujeito oculto seria a solução dos problemas de nossa sociedade, embora sejamos carentes de soluções reflexivas para quase todos nossos problemas. Apesar dos conflitos, o país vinha adotando políticas ambientais e de controle de queimadas que se tornaram um modelo de preservação ambiental para o mundo, embora a partir dos governos de Dilma e Temer as queimadas na Amazônia aumentaram de forma substancial. Contudo, no governo atual, o céu de fumaça tomou conta da região em níveis nunca vistos, depois da adoção de políticas voltadas para a devastação do maior jardim da natureza. Em resumo, a proposta ambiental do governo Bolsonaro assombrou o mundo. A revolta nacional e, principalmente, internacional levou o governo a dar marcha ré no seu discurso agressivo e, pelo menos, propôs apagar as chamas. A   consciência mundial de consumo sustentável e a fama de que o Brasil está adotando políticas ambientais predatórias surgiram imediatamente,

Sustentabilidade no Sistema Financeiro do Brasil

Argumenta-se que temos sistemas financeiros que causam instabilidades e, além de terem custos elevados, exigem custos diretos e indiretos atribuídos aos contribuintes do presente e do futuro. Consequentemente, os sistemas monetários atuais são as principais causas de crises múltiplas, com débitos soberanos, destruição ambiental, desemprego e desigualdades acentuadas. O discurso neoliberal nos dias de hoje, no Brasil, enfatiza a destruição do bem estar social, ataca os sindicatos, e fortalece a desregulamentação, em que a liberdade é transferida da liberdade humana para a liberdade do mercado,  através de ações coercitivas do Estado. Ao longo dos anos, o regime financeiro dominante no Brasil conseguiu produzir a concentração econ ô mica, de capital e de poder nas mãos de poucos que lucraram muito, enquanto a maioria dos cidadãos são incapazes de confrontar as classes dominantes levantando as vozes. Temos o exemplo, no momento, quando os banqueiros estão defendendo uma reforma da previ

Os Presidenciáveis e o Sistema Financeiro do Brasil

Vem de longe a percepção do poder destrutivo do Sistema Financeiro do Brasil, que funciona numa obscuridade total, dificultando a avaliação de questões relacionadas com um modelo de finanças sustentáveis. As denúncias de corrupção no sistema financeiro público são alarmantes no Brasil. Comenta-se que o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investiu mais de 30 bilhões de dólares na corrupção de megaprojetos em países pobres da África e América Latina. São mencionados os péssimos exemplos de investimentos feitos pelo BNDES, que afetam a distribuição de renda e a injustiça social. Um deles, bastante criticado, é o empréstimo de alguns milhões subsidiados, a uma taxa de juros muito baixa, que beneficiou o apresentador de TV, Luciano Huck, para a compra de um avião privado para ser usado poucas vezes por semana, num percurso limitado. Enquanto a maioria dos trabalhadores brasileiros, nas grandes cidades, gasta mais de duas horas e tomam dois ou três veículos desconfortáveis