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Educação Ambiental e Geração Z no País do “Futuro”

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  As gerações mais velhas estão diante de um dilema moral e ético devido aos reclamos ferozes e efetivos das gerações mais novas, principalmente da chamada Geração Z, ou seja, os nascidos entre 1996 e 2011, que mais tem se preocupado com as questões ambientais. Diante dos fatos ecológicos, não é exagerado dizer, lamentavelmente, que estamos vivendo em tempos extremos em que preparar as crianças para o futuro significa prepará-las para a possibilidade de não terem um futuro. Os riscos são reais e devemos enfrentá-los com muita habilidade, vontade política e uma profunda consideração ética, a menos que se queira simplesmente suspirar e baixar a cabeça com vergonha.   No Brasil a situação é mais complicada. Com a destruição das bases científicas e de conhecimento neste governo, o Brasil poderá levar de 10 a 15 anos para recuperar o tempo perdido, reforçando a descrença de ser um país do futuro, com indicadores de países pobres da África. Como a educação sempre desempenhou um papel funda

Sustentabilidade, Covid-19 e Geração Z – Desafios Profundos

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  Jogou-se nas costas da Geração Z, aqueles nascidos entre 1996 e 2011, um fardo muito pesado, principalmente no Brasil, onde se vivencia uma das experiencias políticas mais danosas do planeta. O nosso futuro pode depender muito da influência tanto da geração dos millenials (aqueles nascidos entre 1981 e 1996) e da geração Z, esta última severamente afetada pelo Covid-19. Não há dúvidas de que estas duas gerações querem alavancar a sustentabilidade no mundo. O conceito de sustentabilidade , surgido no final dos anos de 1980, é definido como aquele que atenda às necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprirem suas necessidades. Tocando fogo na Amazonia os Millenials e Geração Z vão alcançar sustentabilidade? Óbvio, que não. Com o sistema de uma agricultura intensiva e um modelo de agronegócios destruindo a natureza e buscando acumular riquezas nas mãos de poucos, vamos alcançar sustentabilidade? Também não. As gerações mais novas estão

Transição Cultural Histórica de Carne às Dietas Baseadas em Plantas

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  Ao país que deu ao mundo o patê de foie gras, coq au vin (frango ao vinho) e carnes fritas está sendo pedido para abandonar a sua dieta pesada de carne em favor de opções vegetarianas, à medida que a França embarca numa histórica “transição cultural”, que trará mudanças varrendo todos os aspectos da sociedade. Estas propostas estão se dando em meio ao barulho e gritos de repúdio dos tradicionalistas da cozinha francesa, mas sendo bem-vindas pelos mais jovens. Há poucos meses a decisão do prefeito da cidade de Lyon, vista como a capital culinária do país, de tirar temporariamente a carne do menu das cantinas das escolas durante a pandemia levou a uma briga política na França. O prefeito de Lyon, Grégory Doucet, foi acusado de comportamento ideológico e elitista depois de medidas que foram estudadas por outras cidades, incluindo Paris. Resistencia a qualquer proposta de reduzir o consumo de carne será forte por parte dos poderosos lobbies da agropecuária. A decisão de Lyon foi enf

Poluição das Grandes Fazendas Brasileiras – Quantas Mortes por Ano?

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  A brisa soprada de uma fazenda de porco carrega gases perigosos: metano, amônia e sulfato de hidrogênio. O odor das fazes de porco é muito forte.   Os gases do esterco e alimentação animal produzem pequenas partículas, que irritam o pulmão e capazes de flutuar por vários quilômetros (Washington Post). Pesquisa recente publicada pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a primeira sobre poluição das grandes fazendas americanas, mostra que mais do que 17 mil mortes por ano são registradas no país. A agricultura animal é o mais mortal emissor de partículas de poluição do ar, responsável por 80 por cento das mortes da poluição relacionadas com a produção de alimentos. Os gases associados com estercos e alimentação animal produzem pequenas partículas, que irritam o pulmão, sendo capazes de flutuar por vários quilômetros. Por sua vez, a brisa soprada de uma fazenda de porco carrega gases perigosos: metano, amônia e sulfato de hidrogênio. Além disto, o odor das fazes de porco

Covid-19 e Vacinas – Pausas, Segurança e Desinformação

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  O Canadá acabou de pausar a primeira dose da vacina AstraZeneca para seus residentes, depois de constatar casos de tromboses e uma morte entre os que tomaram a vacina. Antes disto, o país tinha decidido que a vacina só seria aplicada para pessoas acima de 55 anos, considerando que os casos registrados foram de pessoas mais jovens, principalmente do sexo feminino. Alguns casos de tromboses ou coágulos, que resultaram em acidente vascular cerebral, ataques cardíacos ou perda de sangue em partes do corpo, foram registrados na Europa e no Reino Unido, maior usuário da vacina.  Muitos líderes mundiais tomaram a vacina da AstraZeneca, incluindo os Primeiros-ministros do Canadá e Reino Unido. No Brasil, segundo a Anvisa, até bem pouco tempo não se tinha registrado nenhum caso. A informação de que o Brasil recebeu lotes diferentes da vacina não é convincente, até porque a comunidade científica já constatou que a vacina pode causar casos raros de trombose venosa profunda (TVP) ou trombocito

Covid-19 e a Transição do Mercado do Agronegócios para Sistemas Alimentares Sustentáveis

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Imunidade x Alimentação: Ícones da Vida Moderna Nesta Pandemia devastadora, o governo brasileiro e a elite empresarial levaram nosso povo a tamanha crueldade desumana, diferentemente de outros países, priorizando a economia em detrimento da saúde e proteção da vida. Muitos países adotaram medidas de lockdown, isolando pessoas com o vírus e seus contatos, distanciamento social, trabalho em casa, dando um sinal claro de que a saúde das pessoas deve ser mais importante do que a economia, mesmo sabendo que tais experimentos são novos no mundo e não são ainda propriamente compreendidos. Apesar das orientações da comunidade científica, de profissionais de saúde e da própria Organização de Saúde (OMS), o governo brasileiro menosprezou tais medidas, num sinal claro de que o mais importante é a economia e não a saúde. No caso da União Europeia, o surto da COVID-19 encorajou seus Estados Membros a revisarem princípios de intervenção, prioridade das políticas e regras de governança, gerando um