Starlink e X Reforçando Conspirações de Elon Musk no Brasil

 

Fonte: You Tube

O poder, comportamento e práticas de conspirações de Elon Musk no Brasil demonstram os riscos de se utilizar suas bugigangas tecnológicas, a exemplo da Starlink e X, comprometendo a segurança nacional e a soberania do país. 

É possível que hoje, Elon Musk tenha mais informações da Amazônia do que o governo brasileiro. Qual a soberania do Brasil, quando se entrega a uma empresa americana informações tão preciosas de uma região tão rica como a Amazônia? O contrato da Starlink com o governo brasileiro precisa ser conhecido para se avaliar melhor a atuação desta empresa no Brasil.

É preciso compreender a utilização da Starlink nos Estados Unidos e no Brasil. Já foi dito que mesmo lá, Musk é amplamente visto como um líder errático em quem não se pode confiar, razão pela qual as ambições dele estão presas à política externa e de segurança nacional americana.

Além disto, nos Estados Unidos, o bilionário recebe bilhões em investimentos para ampliar suas inovações, impulsos e ambições, o que nos leva a entender que a Starlink é um instrumento de poder americano e assim deve ser tratado.

No caso do Brasil, a tecnologia da Starlink parece seguir os impulsos livres de política externa de Musk. Hoje, a grande influência dele sobre o governo brasileiro é muito perigosa, com o seu domínio do mercado de internet via satélite na região Amazônica.

Por conta disto, seus impulsos são os de enfrentar o Estado brasileiro, xingando autoridades dos poderes da República, ditando seus conceitos inaceitáveis de liberdade de expressão, usados diferentemente em outros países. Elon Musk não só se recusou em cumprir ordens do Supremo Tribunal Federal (STF), desrespeitando nossas leis, mas foi além disto, fazendo ataques grosseiros aos nossos juízes, Cortes de Justiça e ao próprio presidente do Brasil, com ampla divulgação mundial.

A vantagem do que aconteceu no Brasil é que o mundo inteiro ficou conhecendo os riscos da penetração de Elon Musk no país, principalmente na Amazônia, embora o comportamento do bilionário seja reconhecido em vários países. Além disto, o que aconteceu no Brasil serviu de alerta não só ao governo brasileiro, que deve buscar alternativas, mas de alerta às demais democracias.

Há poucos meses, na Inglaterra, ele usou sua plataforma do X para divulgar fake News e suas teorias de conspiração para atiçar manifestações violentas. Em matéria publicada no jornal The Guardian, o jornalista Jonathan Freedland tratou das recentes violências praticadas nas ruas da Inglaterra, com o ódio inflado por mentiras espalhadas no X de Elon Musk. Para o jornalista, quem mais deveria ser julgado pelos distúrbios da extrema direita na Grã-Bretanha seria Elon Musk.  

Para Freedland, há um suspeito extremamente rico e poderoso que deveria juntar-se aos demais no banco dos réus e serem julgados por um sistema judicial que impõe condenação e sentenças pesadas em questão de dias. Para ele, se as autoridades do Reino Unido querem realmente responsabilizar todos aqueles que desencadearam violência na Grã-Bretanha, precisam ir atrás de Elon Musk.

Enquanto defensor de Trump e da extrema direita, Elon Musk usou suas tecnologias esta semana nos Estados Unidos, no momento do furacão Helene, para divulgar, segundo a imprensa, informações falsas, mostrando seu perverso viés ideológico. Tais informações falsas foram desmentidas pelo Secretário de Transportes, Pete Buittgieg e pela Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema).

Na China, comentou-se que, a “expansão bárbara da Starlink e sua aplicação militar” é vista com muita preocupação, levando o governo chines a lançar sua própria rede de satélites, iniciada há pouco tempo. Hoje, a empresa aeroespecial comercial chinesa, de órbita terrestre baixa, chamada Geespace,  já colocou 30 satélites em operação e pretende oferecer serviços de comunicação por satélite em escala global.

Pelo que vimos, o monopólio de Elon Musk sobre a tecnologia de satélite está tendo influência indesejada no governo Biden, que não é de extrema direita, sobre assuntos de segurança nacional que o governo dos Estados Unidos não pode tolerar.

Já foi dito que a resposta à Starlink é ter mais Starlinks, ou seja, mais empresas competindo no mercado. A Amazon está iniciando atividades nesta área, prometendo lançar satélites muito breve. Assim sendo, a única forma segura de enfrentar o monopólio de Elon Musk é garantir que ele não seja o único a inovar ou lançar satélite no espaço.

No caso da Amazônia, basta o governo cortar os subsídios destinados a um agronegócio destrutivo na região e investir em tecnologias de proteção da floresta, que não usa internet e a população indígena muito pouco. É preciso avaliar o quanto os destruidores da floresta e as organizações criminosas estão se beneficiando da internet na região.

A prioridade deve ser a segurança nacional e a soberania do país, livrando-se de ofertas de riscos perigosos. É possível que nossas Forças Armadas já tenham esta avaliação.

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