Chuva Preta e Clima Apocalítico nas Políticas do Mal

 

Fonte: Polícia Ambiental (Anta morta nas chamas do fogo)                                                                             

Com chamas de fogo, chuva preta de carvão de nossas florestas e o silencio da sociedade, entramos na fase do clima apocalíptico, há muito previsto pelos cientistas. Diante das políticas do mal, responsáveis por um mundo que arde, não devemos nos calar contemplando o sofrimento humano e a morte dos não-humanos.

Muitos disseram que a Pandemia da COVID-19 nos levaria a um mundo mais solidário. Nada disto foi registrado. Recentemente acompanhamos o sofrimento do dilúvio de Porto Alegre e cidades vizinhas, já sabendo que o dilúvio bíblico foi uma resposta de Deus a um mundo de maldades e perversidades, que parece ter levado o Criador se arrepender da criação humana.

Num Brasil em destruição, sem um plano de governo de enfrentamento  de  mudanças climáticas e um Congresso nos ameaçando e reforçando projetos de destruição, incluindo a tomada de terras indígenas, através do golpe do marco temporal, chamado pelo Presidente Lula de "atentado aos povos indígenas”.

O que mais nos admira é se dizer que as chamas de fogo pelo Brasil afora são atos criminosos, mas não se identifica os responsáveis por isto. Tudo está parecendo com as punições do golpe de 08 de janeiro, onde os peixinhos estão presos, mas os responsáveis graúdos estão perambulando por aí, como se nada estivesse acontecido.

Todos sabem que a grande destruição ambiental no Brasil, ao longo dos anos, é feita por meia dúzias de corporações e latifundiários do agronegócio. Por sua vez, os estudos nos mostram que o poder de organizações criminosas na região Amazônica já é dos maiores do mundo, contribuindo para o crescente desmatamento.

O governo Lula dá sinais de querer intensificar e não evitar o desmatamento na região, ao propor a pavimentação da rodovia BR-319 (Porto Velho-Manaus), abrindo o caminho para tarados madeireiros e grileiros. Além disto, tenta defender a ganância do agronegócio incendiário criticando a Lei antidesmatamento da União Europeia, ao invés de banir o desmatamento.

Este projeto de interesse do agronegócio vem recebendo severas críticas não só da população indígena, mas de ambientalistas, por intensificar o desmatamento, massacres e genocídio dos povos indígenas. A perversidade do atual governo com este projeto, justificada como integração da região, é contrária aos princípios de desenvolvimento sustentável. É mais um projeto de destruição ambiental da Amazonia.

Ainda não se sabe o que o atual governo vai apresentar na COP30, a ser realizada na região Amazônica, no próximo ano, propondo explorar petróleo e gás na região equatorial amazônica, cujo beneficiário maior será a Petrobrás, por obter bilhões em renúncia fiscal, segundo o Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC).

Por outro lado, o cinismo do Congresso Nacional não parece reconhecer que a destruição ambiental no Brasil vem do agronegócio e grandes corporações, insinuando que a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deve explicações a sociedade brasileira. Há muito vem sendo dito que o agronegócio brasileiro é tóxico e responsável pela destruição do país.

Para piorar, as pesquisas eleitorais das próximas eleições vêm mostrando o fortalecimento da extrema direita no Brasil, com a possibilidade de eleger milhares de prefeitos afinados com a destruição ambiental e práticas negativistas.

Se as mais de 700 mil mortes no país, resultantes do negacionismo do governo Bolsonaro pouco afetaram a sociedade brasileira, não é a morte de algumas antas queimadas, como mostra a imagem acima ou de milhares de animais mortos com as chamas do fogo que vão convencer a sociedade de uma posição política favorável ao bem comum.

O desmatamento da Floresta Amazônica levará a extinção do Pantanal em poucos anos e não daqui a 30 anos. Estas duas regiões estão interligadas. Além disto, o derretimento de gelo do polo norte já está acontecendo por sofrer com o desmatamento de nossas florestas.

O registro das maiores temperaturas de nossa história ocorreu este ano e não saberemos como será no próximo ano. Num mundo ardente, não sabemos ainda os níveis de temperaturas que podemos suportar e quais os efeitos da chuva preta sobre a saúde humana e biodiversidade.

Por fim, a chuva preta e o clima apocalítico estão aí, levando-nos a sofrimentos terríveis no planeta Terra. Se o castigo do dilúvio aconteceu para conter a maldade humana, o castigo de chamas de fogo, chuvas pretas e várias outras pandemias parecem nos alcançar, também, para barrar maldades e ganância na terra.  Que os céus apressem isto e nos livre de tantas perversidades humanas. 

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