Terra Roubada de Índios e Quilombolas na Música e Justiça

 

Fonte: Midia Indigena                                                                                                                                   

A terra roubada de índios e quilombolas faz parte da música cantada por artistas pelo mundo afora, há muito tempo, sendo a justiça provocada para dizer a partir de quando não é mais crime fazer isto, através de julgamento do chamado marco temporal, estranhamente mencionado como tese jurídica.   

O poder da música e dos artistas brasileiros e internacionais, em favor da causa dos índios e quilombolas e suas histórias de traição e sofrimento, é o assunto deste texto. Como bem disse Bruce Crockburn em sua música “Terra Roubada” (Stolen Land): Da Terra do Fogo à Baía de Ungava, a história da traição continua até hoje.

Assim sendo, como já foi dito, no continente Americano, estamos sempre sentados em terras roubadas, esperando que um dia se respeite as terras dos índios e quilombolas e se defina a terra de todos os brasileiros, de forma democrática e não através de interesses de corporações e grandes latifundiários.

Contudo, não podemos esquecer, que o espírito da voz Toda Poderosa está sempre chamando os índios e quilombolas, como o trovão na montanha, para lhes dizer – é uma terra roubada e nunca esqueceremos. Como disse Crockburn, todos nós devemos ter descoberto que o mundo não foi feito só para os brancos. Que passos devemos seguir para tentar resolver corretamente as coisas nesta terra roubada?

Para os índios a terra é vista como sendo a Mãe deles, sendo sempre preservada e mantida, enquanto outros querem a terra para explorar seus recursos, com fins gananciosos, com consequências danosas para toda a humanidade em termos de mudanças climáticas, contaminação da água, do solo, alimentos e saúde de todos.

Enfim, os índios e quilombolas estão sempre em contado com o espírito da voz Toda Poderosa, que os orienta a preservar a Mãe Terra e se livrar do que está acontecendo com as mudanças climáticas em todo o mundo, a exemplo do recente desastre no Rio Grande do Sul. Estamos a caminho do fim do planeta, que pode acontecer mais rápido do que se pode imaginar, através de ações poluidoras e de destruição das corporações.

Enquanto no campo político nunca houve interesse, no Brasil e no mundo, em resolver problemas relacionados com a atual crise climática, incluindo a proteção dos índios e quilombolas, no campo da música e das artes muitos artistas levaram a sério a comunidade científica e desenvolveram seu trabalho. São muitos e aqui vamos mencionar alguns deles.

No Brasil, o cantor Chico Cesar, não só canta o sofrimento de índios e quilombolas, como descreve a fome e envenenamento do povo na atividade do agronegócio, vista aqui como insustentável e tóxica.  Nenhum brasileiro deve deixar de ouvir a música “Reis do Agronegócio”, de Chico Cesar, conforme vídeo abaixo.


No México, Maria Reyna, da região de Oaxaca, que viveu num contexto de muita discriminação e racismo contra os povos indígenas, canta em sua música “Orgullosa soy Raiz”, sobre seu orgulho de ser uma mulher indígena. Ao cantar sobre a honra que tem de ser raiz de culturas ancestrais, em diferentes línguas indígenas, ela consegue mesclar vocais de ópera com os gêneros de jazz e bolero, conforme vídeo abaixo.



Também, no Brasil, não podemos deixar de mencionar a música de Carlos Rennó e Chico César sobre “Demarcação Já”, contada por diversos artistas. Esperamos que esta música, no link abaixo, nos traga algum aprendizado, conscientização e uma grande reflexão sobre direitos humanos, direitos dos índios no Brasil e a maior crise que nos afeta neste século.

https://www.youtube.com/watch?v=HnR2EsH9dac

Enfim, temos que nos unir para amenizar o grande sofrimento dos que durante séculos não conseguem esquecer a Terra Roubada. 





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