Da Paz da Natureza à Música do Mundo em Chamas Assando Corpos
Fonte: Unsplash
Sempre buscamos relaxar ouvindo as músicas da Paz da
Natureza e agora, com tristeza, já temos a interpretação do que significa a
música do mundo em chamas, assando corpos humanos, não humanos, as plantas e
tudo mais, conforme vídeo abaixo.
A semana passada, o Secretário Geral da ONU afirmou que saímos da era do aquecimento e
entramos na era da fervura ou ebulição global, vendo pessoas sendo levadas
pelas enchentes, famílias fugindo dos incêndios nas florestas do Canadá e
trabalhadores desmaiando com o calor escaldante, já se aproximando de assar
seres vivos no planeta Terra.
O Secretário Geral disse que os dados confirmaram que
julho foi o mês mais quente registrado na história da humanidade. Para ele, as
consequências deste momento são terríveis e trágicas e as alterações climáticas
chegam a uma velocidade surpreendente, com pesadelos climáticos. Parece que não
há mais nada que possamos fazer. Já fizemos tudo – a destruição do planeta, começando com o extermínio de animais.
A devastação de nossa Mãe Terra é tão evidente que
muitas áreas de estudos estão tentando entender e interpretar o fim do planeta.
Em recente evento no Harvard Radcliffe Institute, Universidade de Harvard, o
ex-ativista ambiental e compositor, John Luther Adams, foi convidado para
apresentar sua música e expressar sua visão sobre a relação entre a Música e a
Natureza.
Em seu profundo e crítico trabalho de pesquisa, John
Adams descobriu que tanto a arte quanto a música são tão importantes quanto o
ativismo e a política. Para ele, os nossos sistemas políticos tornaram-se cada
vez mais disfuncionais e as artes são mais do que a política. Como compositor,
ele acredita que “a música tem o poder de inspirar a consciência, a cultura e a
política”.
O poder da música também é reconhecido por muitos
pesquisadores e organizações, incluindo a Academy of Country Music (ACM). No
entanto, o campo de interação entre a música e a sustentabilidade é pouco
pesquisado, tornando-se difícil aumentar a conscientização e a participação da
sustentabilidade e da música no meio ambiente.
Precisamos de uma discussão crítica sobre o potencial
de formação de competências música-sustentabilidade, tendo em vista que as
diversas combinações entre arte e sustentabilidade são importantes para a
produção de conhecimento, sendo que a arte conecta conhecimento, moral, beleza
e a vida cotidiana, como constitutivas de um comportamento sustentável .
Nos estudos de sustentabilidade, especialmente
sustentabilidade social, observa-se que Mãe-Terra está exigindo uma mudança de
nosso comportamento e o principal impulso para essa mudança é intensificar nossa
estima e valorizar mais a Mãe-Terra. Acredito que a música-sustentabilidade
pode mudar o comportamento daqueles que estão comprando cada vez mais das
grandes corporações poluidoras, tanto em países em desenvolvimento quanto em
países desenvolvidos.
Em resumo, é hora de divulgar nos meios de comunicação
de massa músicas populares, sertanejas e eruditas relacionadas com Natureza,
sendo devastada pelas ações humanas. Recentemente, tanto nos Estados Unidos
quanto no Brasil isto foi feito com a cumplicidade do poder político.
Sabemos que tanto os Estados Unidos quanto a China são
responsáveis por 40% da poluição mundial. Esses dois países estão fazendo
muito para reduzi-la, produzindo carros elétricos e todo tipo de energia limpa,
mas o uso de combustível fóssil, como grande poluidor, continua.
Por fim, a música pode ser usada de forma crítica para
entender o que está errado neste mundo em chamas. Enquanto o compositor John
Luther Adams mencionou que nossos sistemas políticos são disfuncionais, a
icônica cantora americana Dolly Parton, há poucos meses, assumiu uma posição
aparentemente política criticando nossos políticos por esta bagunça mundial.
Sem dúvida, “World on Fire” é sobre muitas coisas, incluindo nosso pesadelo climático, a Guerra da Rússia na Ucrânia, ódio e ganância. A música de Dolly é uma reflexão para todos nós. Como ela mesma mencionou: “Acho que fala de tudo e de todos neste dia e hora”. O mundo está assando nossos corpos e “perdemos de vista a decência comum”, em destruí-lo.
No vídeo, “World on Fire”, a nobre cantora senta-se no
topo de um mundo em chamas, observando-as e cantando:
Mentiroso, mentiroso, o mundo está pegando fogo (Liar, liar the world's on fire)
O que você vai fazer quando tudo queimar? (Whatcha gonna do when it all burns down?)
.
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Agora, como vamos viver em um mundo como este (Now how are we to live in a world like this)
Políticos gananciosos, presentes e passados (Greedy politicians, present and past)
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