Caos da Extrema Direita Despreza Mulheres e Chamas de Fogo

 

Fonte: Linkedin                                                                                                                                              

Os debates políticos e as pesquisas eleitorais mostram que nem a violência contra as mulheres e nem as chamas de fogo das queimadas no país são temas centrais que empolgam a sociedade brasileira.  Infelizmente, o que se observa é a inclinação da sociedade para o caos da extrema direita e negacionismo da ciência, que despreza o que mais nos aflige no momento.

Na prática o que se observa é que a sociedade silenciou diante das chamas de fogo e diante do machismo perverso do Congresso Nacional, que não facilitou o crescimento de candidaturas de mulheres, reforçando a violência política contra elas.

Em resumo, as políticas do mal da extrema direita nos últimos anos e o caos político na atual campanha eleitoral parece empolgar mais do que a terrível violência contra as mulheres e a fumaça das queimadas de nossas florestas, de acordo com o crescimento da extrema direita nas pesquisas eleitorais, que podem eleger milhares de prefeitos afinados com práticas negacionistas.

Vimos em São Paulo, a maior cidade do Brasil, o candidato Pablo Marçal, em certo momento das pesquisas eleitorais, estar a frente dos demais candidatos, mesmo praticando a democracia às avessas, com cenário de provocações inaceitáveis, que chegou às cadeiradas.

A lei não parece punir severamente os que querem praticar a democracia às avessas, permitindo provocações de baixo nível e a democracia na lama. Onde não há civilidade não existe democracia. Infelizmente, não tivemos ainda um julgamento do 08 de janeiro, com os principais golpistas perambulando pelas ruas e até participando de campanhas políticas.

O caos político da extrema direita e o 08 de janeiro continuam na atual campanha política, mostrando as perversidades do bolsonarismo, sem uma reação dura das instituições. A direita democrática, que sempre se alinhou com o centro e com a esquerda, não consegue se libertar do bolsonarismo.

Apesar das práticas corruptas da esquerda e da direita democrática em governos passados, ainda é possível se pensar em salvação e uma reorientação para práticas do bem comum, em benefício da sociedade. Com a extrema direita e o bolsonarismo, o cenário vai ser a continuação da atual campanha política.

A sociedade brasileira deve observar o que aconteceu nas velha Europa recentemente, por conta do medo da extrema direita. Na velha Inglaterra, a esquerda derrotou a direita de forma esmagadora. Na velha França, o medo da extrema direita foi maior ainda, abrindo caminho para o crescimento da esquerda.

No Brasil, a situação da política no momento é mais do que preocupante, considerando a participação de organizações criminosas em atividades políticas e econômicas. É preciso identificar com clareza o elo entre estas organizações criminosas e atores políticos do país. As pesquisas mostram que na região Amazônica, já se tem as mais poderosas organizações criminosas do mundo.

A importância de se ter mais mulheres na política nestas eleições foi logo amortecida dentro do próprio Congresso Nacional, que priorizou o orçamento secreto para as campanhas dos atuais parlamentares. Não se observou prioridade dada às mulheres, diante do pequeno número de candidatas, a partir das capitais dos estados.

No tocante às chamas de fogo queimando nossas florestas, matando milhares de animais e algumas pessoas, são poucas as ações criminosas identificadas. Como disse o climatologista, Carlos Nobre, a explosão de queimadas da Amazonia a São Paulo, pode ser parte de um contra-ataque criminoso desenhado para sabotar as iniciativas do governo contra o desmatamento e a mineração ilegal.

Já se sabe sobre o negacionismo da extrema direita em relação às mudanças climáticas. O colapso ecológico da Amazônia está se dando num cenário do inferno,  com mais fogo e aumento de temperaturas, jogando toneladas de carbono na atmosfera. Não há dúvidas de que muitos só sentirão o fogo quando estiverem sendo assados, tostados e torrados pelas chamas que assolam o país.

No caso da Amazonia, os sinais são de que as políticas incendiárias que abriram a floresta para o desmatamento no governo anterior vieram fortalecer as organizações criminosas e a presença da extrema direita na região.

Nos estudos sobre a América do Sul, já se observa os efeitos destas mudanças no Brasil nos próximos dez anos. Com o desmatamento, chamas de fogo, rios secando, escassez de produtos agrícolas, aumento da fome e sofrimento humano, todos vão entender a ganância e participação dos responsáveis pela destruição do país. 

Par Erika Berenguer, da Universidade de Oxford, especialista em florestas tropicais, incluindo a Amazônia, o cenário apocalíptico da região em 2024, pode ser simplesmente um vislumbre de um futuro mais sombrio. Para ela é assustador que esta pode ser a melhor seca estrema nos próximos 20 anos.

Desprezar o sofrimento humano, principalmente das mulheres, e a destruição da Natureza neste cenário assustador nos parece imperdoável até para o Criador. 

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