Liberdade da Extrema Direita Vai de Fake News ao Pornô
Fonte: You Tube
Para a extrema direita, a liberdade de
expressão vai de fake news ao pornô e disseminação do ódio e violência. Há
quatro anos, nas eleições americanas, surgiram comentários sobre o candidato Donald Trump, que parecia se
vangloriar ao dizer que agarrava as vaginas de mulheres. Isto pareceu normal
para um candidato a presidente, pois perdeu votos de apenas algumas mulheres.
Talvez para recuperar alguma perda de votos, há
poucos dias Trump se apresentou como um vendedor de Bíblias. Mas este cinismo não
encobre a vida devassa de Trump. Nos
últimos dias, num Tribunal de Nova York, ele afirma que a denúncia de seu crime
de pagar uma pornô do sexo, Stormy Daniels,
com dinheiro de campanha, é um crime contra os Estados Unidos.
É neste contexto que a extrema direita conta
com o apoio de plataformas e mídias de notícias corporativas, que se transforma
num projeto moral, funcionando contra o “outro” ou como ameaça existencial do
mau. A narrativa do ‘bem’ versus o ‘mau’ está se tornando prática comum,
inspirando medo no coração e mente dos novos consumidores e uma lealdade
moralista às notícias consumidas.
Ainda ontem, o Canal de TV americano, Fox News,
que apoiou o governo Trump, divulgou notícias sobre o relatório do Comitê
Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, com decisões sigilosas
do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), numa
crítica ao Brasil e ao governo Biden.
Muitos dos integrantes deste Comite, de extrema
direita, são do Partido Conservador e apoiadores do ex-presidente Donald Trump.
No relatório intitulado “O ataque à liberdade de expressão no exterior e o
silencio do governo Biden: o caso do Brasil, os deputados republicanos afirmam
que há uma “censura forçada” contra a plataforma de Elon Musk no Brasil.
Em texto anterior, mostramos a decisão do
Ministro Alexandre de Moraes em excluir alguns membros do X pela prática
fascista de fake news e disseminação do ódio e violência, que contrariam o
conceito de liberdade de expressão numa democracia.
Com a descrença da mídia tradicional que
dominou o século 20, hoje em declínio e
desaparecimento, entramos na mídia das corporações, que fabricam as notícias
num processo de apelo aos interesses dos ricos e poderosos.
Neste caso, o privado e os interesses de lucros
influenciam o conteúdo das notícias, enquanto modelo de notícias das
corporações no século 21. Assim sendo, as normas da produção e consumo da mídia
desempenham um papel importante no produto final da notícia.
Nos Estados
Unidos, o conceito de liberdade de expressão, baseado no chamado First
Amendment, garante uma latitude ampla de se falar publicamente. No Brasil e
várias outras democracias, o discurso de ódio, desinformação e fake News são
crimes. O estranho é que mesmo com esta liberdade de expressão estão expulsando
o TIK TOK do país.
Por fim, a
definição de notícias da mídia por corporações e poderosos precisa ser
desmontada. No Brasil, temos o caso do tech bilionário, Elon Musk, que afrouxou
as restrições de sua plataforma sobre o discurso do ódio, permitindo que a
desinformação e fake news inundassem a plataforma em nome da liberdade de expressão,
privilegiando o bolsonarismo e a extrema direita.
]Já foi
dito que a civilização da riqueza e dos poderosos, sem responsabilidade pelo
que acontece com o sofrimento humano, é a maior barbárie que estamos
vivenciando.
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