“Ainda Estou Aqui” e 8 de Janeiro Numa Relação Marcante

 

Fonte: UOL - TixaNews                                                                                                                                

Na madrugada do dia 06 de janeiro deste ano, muitos brasileiros foram surpreendidos com a grande alegria de aplaudir a brasileira, Fernanda Torres, por ter sido premiada na categoria de melhor atriz de drama, no Globo de Ouro, ao interpretar Eunice Paiva no filme “Ainda Estou Aqui”.

Assim sendo, dois acontecimentos marcantes neste início de ano (“Ainda Estou Aqui” e 8 de janeiro) fortalecem a memória do povo brasileiro e servirão de alerta para gerações futuras, considerando os momentos difíceis que já passamos e estamos passando na luta pela democracia. 

Já tratamos da importância da música e das artes e da participação de nossos artistas em defesa da democracia, contra o golpe do Marco Temporal e 08 de janeiro de 2023, como movimentos inseparáveis, além do papel deles no combate às injustiças sociais e o mundo em chamas, em alinhamento com os recentes princípios defendidos pela maior Corte de Justiça do país.

No filme “Ainda Estou Aqui”, Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva, lutando contra o desaparecimento do marido durante a ditadura militar brasileira. Para o Jornal The Hollywood Reporter é uma história de coragem e resistência diante do fascismo, quando Eunice Paiva enfrentou a intimidação e prisão.

Os momentos mais angustiantes do filme é quando Eunice Paiva é submetida ao interrogatório de militares, tendo sido tirada de sua casa, passando 12 dias numa cela escura e húmida, ouvindo os gritos de pessoas sendo torturadas através das paredes, sem contato com o mundo exterior.

Desconhecida de muitos, o filme traz um retrato triste do que foi a ditadura no Brasil, responsável por mais de 400 mortes e desaparecimentos, de acordo com a Comissão da Verdade, que estudou os direitos e violações destas pessoas. Com certeza, a premiação da atriz Fernanda Torres levará mais pessoas no mundo inteiro a verem o filme e conhecerem os momentos difíceis e autoritários da ditadura militar no Brasil. Uma sociedade bem informada valoriza mais a democracia.

Neste 08 de janeiro de 2025, dois anos depois dos atos antidemocráticos de 2023, as autoridades brasileiras defensoras da democracia, a partir do Presidente Lula, disseram que “ainda estamos aqui”, referindo-se ao filme acima citado, enquanto várias outras autoridades defenderam a democracia brasileira.

A presença das Forças Armadas neste evento tranquiliza a sociedade brasileira, mostrando que o perfil delas é de defesa da nossa democracia e soberania nacional. Foi triste para a sociedade brasileira ver dentro de nossos quartéis, no governo anterior, acampamentos de golpistas, ilegalmente defendendo a ditadura militar e práticas fascistas.

Portanto, o “Ainda Estou Aqui” e o 08 de janeiro foram acontecimento que devem ser sempre relembrados na memória de todos os brasileiros para que possamos dizer: Ditadura nunca mais e democracia sempre, sobretudo nestes momentos difíceis quando a extrema direita, no mundo inteiro, tenta chegar ao poder com narrativas mentirosas e o discurso do ódio.

Infelizmente no Brasil e no mundo ainda temos uma boa parte da sociedade que ainda acredita em deuses e mitos safados, elegendo políticos que confundem o culto do imperador e o de Cristo, que há mais de dois mil anos trouxe uma “nova ordem mundial” de unificação do mundo, substituindo as violências imperiais por Justiça e Paz no Cristianismo.

Uma classe política de pensamento tirano e imperial é muito forte no Brasil e a ausência dela no evento deste 08 de janeiro precisa de uma resposta contundente da sociedade brasileira, que disse, na sua grande maioria, que é contra atos golpistas. 

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