PIX Desvaloriza o Real e Aumenta Preços num País Corrupto
Da forma como foi introduzido no Brasil, sem a devida regulamentação, o PIX mostra agora que pode desvalorizar o real e aumentar os preços, reforçando o crime organizado e as práticas das emendas PIX no Congresso Nacional, demonstrando ser um instrumento apropriado num país corrupto, usado até para desestabilizar o governo.
Neste caso,
o custo do PIX no Brasil é muito elevado e contribui para desvalorizar o real e
aumentar o custo de vida. Segundo a imprensa, os golpes com o PIX podem chegar
a R$ 11 bilhões até 2028, num aumento de 39% nos prejuízos de fraudes
financeiras.
O
ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dizia que o custo das
operações do PIX era de 40 a 50 milhões, mas não revelava o custo das fraudes e
golpes no sistema, que onera a vida dos brasileiros. Não é comum, no Brasil, se
fazer uma análise de custo-benefício das tecnologias de informação
implementadas no país, sendo desastroso, em muitos casos, a implementação delas
no Brasil e no mundo.
O PIX é
carente de um ambiente regulatório e de uma ética de responsabilidade social e,
como ficou demonstrado, há pouco dias, a ética do PIX é a de ser um instrumento
de apoiar a sonegação, facilitando golpes e fraudes. Há poucos dias, o Deputado
Federal do PT-SP, Kiko Celeguim, disse que o PIX enquanto instrumento de
transferências de dinheiro e pagamentos, “se transforma num mecanismo de
facilitação a fraudes e golpes”.
Assim
sendo, sem uma profunda regulamentação de um sistema de pagamentos, que permite
até “contas laranjas”, vamos ter a
proliferação de fraudes, golpes e crimes. A transparência do PIX deve
permitir a identificação de transações de seus usuários desde o início até o
fim.
Em resumo,
como pode um “usuário laranja” transferir dinheiro para o crime organizado sem
ser identificado? Como pode um beneficiário de recursos públicos do Programa
Bolsa Família deixar de alimentar sua
família e fazer apostas em loterias? Como podem instituições federais exigirem de
pessoas físicas o uso obrigatório do PIX?
É possível
que existam projetos no Congresso Nacional visando a regulamentação do PIX,
além do projeto dos deputados Kiko Celeguim (PT) e Guilherme Boulos (PSOL). No
tocante a responsabilidade social do PIX, muito precisa ser feito para se
tornar uma ferramenta a serviço do bem-comum e da democracia.
A primeira medida do governo é tornar o PIX uma ferramenta a ser usada gratuitamente pelos usuários de baixa renda, pelos trabalhadores, professores, micros e pequenos empresários, responsáveis pelo desenvolvimento do Brasil. Para usuários de renda mais elevada, que seja cobrado uma taxa de uso do PIX, de acordo com os volumes de transferências.
Como já foi
dito, embora o PIX tenha sido criado visando a maximização de lucros da
“indústria bancária”, a responsabilidade social do sistema é de interesses de
todos. Nada contra os lucros da “indústria bancária”, desde que a sociedade não
se sinta lesada pela ganância de uma minoria.
Nesta
direção, é mais do que necessário uma educação do consumidor da ferramenta
tecnológica denominada de PIX, como mostra estudo da ACI Worldwide, de modo que
a sociedade sinta que está usando um instrumento destinado ao bem comum e de
consenso sobre o interesse de todos, sabendo que os bancos e todas as
instituições financeiras estão no sistema prontos para contra-atacarem
criminosos, com as mais sofisticadas tecnologias.
O Brasil
pode avançar no uso adequado do PIX e outros sistemas de pagamentos, desde que
a segurança deles seja priorizada, mantendo a transparência e privacidade,
enquanto indicadores principais da responsabilidade social e confiabilidade das
tecnologias. Para se evitar o que
aconteceu com o PIX, há poucos dias, temos
que avançar muito.
Além disto,
a segurança do PIX deve começar mostrando que é um instrumento de combate à
sonegação, como defendido por auditores fiscais. Infelizmente, num país
corrupto, isto é muito desagradável como ficou exposto recentemente.
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