PIX Desvaloriza o Real e Aumenta Preços num País Corrupto

Fonte: You Tube                                                                                                                                             

Da forma como foi introduzido no Brasil, sem a devida  regulamentação, o PIX mostra agora que pode desvalorizar o real e aumentar os preços, reforçando o crime organizado e as práticas das emendas PIX no Congresso Nacional, demonstrando ser um instrumento apropriado num país corrupto, usado até para desestabilizar o governo.

Neste caso, o custo do PIX no Brasil é muito elevado e contribui para desvalorizar o real e aumentar o custo de vida. Segundo a imprensa, os golpes com o PIX podem chegar a R$ 11 bilhões até 2028, num aumento de 39% nos prejuízos de fraudes financeiras.

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, dizia que o custo das operações do PIX era de 40 a 50 milhões, mas não revelava o custo das fraudes e golpes no sistema, que onera a vida dos brasileiros. Não é comum, no Brasil, se fazer uma análise de custo-benefício das tecnologias de informação implementadas no país, sendo desastroso, em muitos casos, a implementação delas no Brasil e no mundo.

O PIX é carente de um ambiente regulatório e de uma ética de responsabilidade social e, como ficou demonstrado, há pouco dias, a ética do PIX é a de ser um instrumento de apoiar a sonegação, facilitando golpes e fraudes. Há poucos dias, o Deputado Federal do PT-SP, Kiko Celeguim, disse que o PIX enquanto instrumento de transferências de dinheiro e pagamentos, “se transforma num mecanismo de facilitação a fraudes e golpes”.

Assim sendo, sem uma profunda regulamentação de um sistema de pagamentos, que permite até “contas laranjas”, vamos ter a  proliferação de fraudes, golpes e crimes. A transparência do PIX deve permitir a identificação de transações de seus usuários desde o início até o fim.

Em resumo, como pode um “usuário laranja” transferir dinheiro para o crime organizado sem ser identificado? Como pode um beneficiário de recursos públicos do Programa Bolsa Família  deixar de alimentar sua família e fazer apostas em loterias? Como podem instituições federais exigirem de pessoas físicas o uso obrigatório do PIX?

É possível que existam projetos no Congresso Nacional visando a regulamentação do PIX, além do projeto dos deputados Kiko Celeguim (PT) e Guilherme Boulos (PSOL). No tocante a responsabilidade social do PIX, muito precisa ser feito para se tornar uma ferramenta a serviço do bem-comum e da democracia.

A primeira medida do governo é tornar o PIX uma ferramenta a ser usada gratuitamente pelos usuários de baixa renda, pelos trabalhadores, professores, micros e pequenos empresários, responsáveis pelo desenvolvimento do Brasil. Para usuários de renda mais elevada, que seja cobrado uma taxa de uso do PIX, de acordo com os volumes de transferências.

Como já foi dito, embora o PIX tenha sido criado visando a maximização de lucros da “indústria bancária”, a responsabilidade social do sistema é de interesses de todos. Nada contra os lucros da “indústria bancária”, desde que a sociedade não se sinta lesada pela ganância de uma minoria.

Nesta direção, é mais do que necessário uma educação do consumidor da ferramenta tecnológica denominada de PIX, como mostra estudo da ACI Worldwide, de modo que a sociedade sinta que está usando um instrumento destinado ao bem comum e de consenso sobre o interesse de todos, sabendo que os bancos e todas as instituições financeiras estão no sistema prontos para contra-atacarem criminosos, com as mais sofisticadas tecnologias.

O Brasil pode avançar no uso adequado do PIX e outros sistemas de pagamentos, desde que a segurança deles seja priorizada, mantendo a transparência e privacidade, enquanto indicadores principais da responsabilidade social e confiabilidade das tecnologias.  Para se evitar o que aconteceu com o PIX, há poucos dias,  temos que avançar muito.

Além disto, a segurança do PIX deve começar mostrando que é um instrumento de combate à sonegação, como defendido por auditores fiscais. Infelizmente, num país corrupto, isto é muito desagradável como ficou exposto recentemente. 

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