BNDES e JBS Desmatam e Desnutrem no Brasil Visando Lucros
Fonte: You Tube
Desde há
muitos anos que o governo federal, através do Banco Nacional de Desenvolvimento
Social – BNDES – financia a JBS, que se tornou a maior exportadora de carnes do
mundo, que continua desmatando o país e intensificando os níveis de desnutrição
da população pela falta de nutrientes de carne e ovos.
Os riscos
ambientais da JBS são severos, segundo dados da Morningstar Sustainalytics, agência
independente de classificação de sustentabilidade, e o desmatamento por
pecuaristas está empurrando a Amazônia para um ponto crítico, fazendo com que a
maior floresta do mundo fortaleça o aquecimento do clima.
De acordo
com alguns pesquisadores, pecuaristas brasileiros são responsáveis por 80% do
desmatamento atual da Amazônia, o que dificulta
reduzir danos ambientais relacionados com a JBS, considerando a forte demanda
por carne no mundo. A pergunta que se faz é a seguinte: É papel dos governos no
Brasil desmatar nossas florestas para alimentar outros países, em detrimento da
população brasileira, que já enfrenta as filas de ossos e pés de galinha?
Diante da
falta de informações e transparência não se sabe qual o papel da JBS para a
população brasileira. Além disto, pouco se sabe sobre o social do BNDES, que
parece mais interessado nos lucros que estão disparando com a forte demanda de
carne e ações da JBS listadas nas bolsas de valores do que nos níveis
nutricionais da população brasileira. Para senadores
americanos, a entrada da JBS na bolsa de Nova York faz parte de uma “corrupção
flagrante e sistêmica” dos irmãos Batistas.
Se o
Congresso Nacional é criticado e denunciado pela falta de transparência quanto
ao uso de recursos públicos, é preciso que se faça uma investigação aprofundada
dos financiamentos do governo federal à JBS ao longo dos anos, em comparação
com o financiamento feito à pequenos e médios empreendimentos no setor
agrícola, incluindo a agricultura familiar.
Pelo que se
percebe o BNDES não está combatendo a maior violência do país, que inclui o
desmatamento e a destruição ambiental em geral. Não adianta combater os níveis
de criminalidade no Brasil, fechando os olhos para os níveis de violência da
destruição ambiental. Não deve ser função do BNDES manter a avareza de corporações, que hoje dominam o país.
Pesquisas
estão mostrando a destruição ambiental na Amazônia, que já concentra as mais
poderosas organizações criminosas do mundo. Por que o BNDES investe tanto na
JBS, diante de evidências de que a empresa não alcança as metas de
sustentabilidade? Por que o BNDES, segundo a imprensa, detém 21 por cento das
ações da JBS e sempre está ao lado da gestão da empresa em votações e não
considera preocupações sobre a gestão e "práticas de governança flagrantes
no contexto de corrupção".
O
Presidente Lula, segundo a imprensa, viajou ao Japão com uma grande comitiva
para vender carne. Aliás, os governos petistas sempre protegeram a JBS com
elevados investimentos do BNDES, mas uma análise de custo-benefício destes
investimentos ainda não parece ter sido feita. Mesmo com o tarifaço de Trump,
não é a venda de carne e ovos que deve merecer a atenção do governo petista no
momento.
A COP-30
está se aproximando e o governo petista vai ter muitas dificuldades de dar
explicações sobre o crescimento de corporações do agronegócio no país, a
redução dos níveis nutricionais da população, sem falar no desmatamento e a
violência da destruição ambiental, intensificados no governo anterior.
Não
acredito que o Japão tenha tanto interesse em importar a carne brasileira não
só por questões sanitárias, mas por males piores que envolvem esta atividade no
Brasil, a partir da violência ambiental. O Japão é um país que vem dando lições
ao mundo de Ecologia Humana e, com certeza, não vai fechar os olhos sobre como
se dá a violência ambiental no Brasil, incluindo o histórico de atividades da
maior exportadora de carnes do mundo.
Já foi dito
que durante muitos anos O BNDES viveu um clima de segredos, mas ainda hoje,
entre seus maiores beneficiários do setor privado, está a JBS que já esteve
junto de outras grandes empresas privadas no coração de investigações de
combate à corrupção.
Assim
sendo, não são os lucros e o aumento de preços das ações da JBS que devem
impressionar o BNDES. Diante de um agronegócio insustentável e predador, o
BNDES deve investir parte de seus lucros em financiamento de pesquisas nas
áreas ambientais, sustentabilidade, poluição, nutrição, geografia, direito, saúde pública, entre outras, considerando a
violência ambiental no país, envenenamento da população e redução de seus níveis
nutricionais, sobretudo de nutrientes da carne e ovos.
Neste
cenário, tanto o governo quanto o BNDES chegarão a COP30 com dificuldades de
dizer que temos um banco de desenvolvimento social, sustentável e humano.
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