Democracia Brasileira e a Máquina de Ultrajes da Extrema Direita
Fonte: Sindjus PR
Depois de amortecida por alguns anos, a tocha
da democracia brasileira foi acesa, desmoralizando os bolsonaristas defensores
da extrema direita e atos antidemocráticos. Falou-se em responsabilizar os
responsáveis pelos atos antidemocráticos e toda sorte de ofensas, mentiras e
fake news, principalmente contra as autoridades judiciais máximas do país.
Na diplomação do ex-presidente Lula, tanto ele
quanto o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Alexandre de
Moraes, defenderam a democracia e o Estado de Direito em discursos contundentes
mostrando a destruição do país por grupos criminosos.
Uma questão que deve ser discutida é a seguinte:
Será que o orçamento secreto vai ser incluindo nos crimes contra a democracia e
de destruição do país? Enquanto o Centrão parece se mover de perto do
presidente Bolsonaro, não vai abandonar suas técnicas ultrajantes de
mercantilização na busca de nova base da desonestidade.
O orçamento secreto, já visto como
inconstitucional e um ato criminoso, deve ser considerado para não diplomar os
que foram eleitos usando o dinheiro público de forma criminosa. Mesmo que o
Supremo Tribunal Federal (STF) aceite novas regras de controle do Congresso
Nacional, a Justiça Eleitoral deve punir e não diplomar os que usaram o poder
econômico e dinheiro público para se elegerem.
A máquina de ultrajes da extrema direita já
demonstrou que não precisa de Bolsonaro para mais nada. Isto aconteceu no dia
da eleição, com a derrota dele. A maioria de seus aliados já percebia que
Bolsonaro tornar-se-ia inelegível por conta de ações judiciais que pesam sobre ele.
Enfim, muitos eleitores e parte da imprensa já trata Bolsonaro como página
virada.
Na realidade não foi Bolsonaro que inventou a
política de ultrajes, razão pela qual a extrema direita e o Centrão punk
estabelecem seus próprios e falsos ultrajes. Eles têm demostrado a capacidade
que tem para inventar escândalos facilmente. No momento já se fala até em
tornar Bolsonaro um senador vitalício para se livrar de suas práticas
criminosas, quando deveria já ter sido algemado e retirado do cargo
Quando os princípios da democracia são
negociados, tudo tem seu preço. Estamos vendo e lamentando o que está
acontecendo no Brasil e no mundo com a integridade da vida pública e a
confiança na governança representativa, que sorrateira e sigilosamente é negociada
em jogos cínicos de tráfico de influência e política do dinheiro. Neste caso,
depois de quatro anos de caos criado pela extrema direita e reforçado pelo
bolsonarismo, através de fake news, teorias da conspiração e o fanatismo
religioso, a única certeza que temos para 2023 é este caos já construído, que
poderá ser pior.
Com a vitória de Lula, a sociedade clama que o
novo governo enfatize o senso de dever, responsabilidade e solidez, qualidades
totalmente ausentes no atual governo. Nestes quatro anos de governo foi
demonstrado a decadência dos partidos políticos aliados, principalmente do Centrão,
quando muitos se comportaram com a infantilidade e delinquência de gangs
bêbadas, maltratando o povo. A violência e anarquia no país neste período
precisa ser explicada sob o governo Bolsonaro e o Centrão punk, considerando o
legado debilitante da Pandemia.
O bolsonarismo e os bolsonaristas ainda serão usados
pela extrema direita para as práticas de ultrajes e antidemocráticas. Já foi
dito que a democracia é uma planta vulnerável, facilmente negligenciada e
enfraquecida por parasitas. Enfrentou ataques letais em 2022 de autocratas de
extrema direita em várias partes do mundo, a exemplo do Brasil, Estados Unidos,
Rússia e Iran. Assim sendo, quando a democracia e corrompida e subvertida de dentro,
sabemos que são os reais assassinos.
Nos últimos dias estamos vendo as mudanças da
Lei das Estatais, as dificuldades de se aprovar a PEC de Transição e a divisão do
butim no Congresso. O que parece muito estranho é uma possível negociação de ministros
do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso sobre o orçamento secreto,
depois de ser visto como inconstitucional por alguns ministros.
O Brasil que acabou de acender a tocha da
democracia poderia dar um exemplo ao mundo, mas parece que as negociações dos princípios
da democracia poderão nos levar a muitas decepções, reforçando a máquina de
ultrajes da extrema direita.
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