Trump e Fraude Eleitoral no Juri do Suborno de Estrela Pornô

 

Fonte: G1 - Globo                                                                                                                                          

É preciso compreender que Trump foi condenado por fraude eleitoral e não por seu comportamento sexual com a estrela pornô, Stormy Daniels, no chamado Juri do suborno, de acordo com o Washington Post. Ao tentar encobrir o pagamento para silenciar  a atriz de filmes de adultos antes das eleições de 2016, Trump enganou os eleitores americanos.

Trump sabia que jamais seria eleito se não abafasse o seu romance com a estrela pornô, pois os eleitores americanos jamais confiariam num candidato com comportamento extraconjugal, a exemplo de Trump. Portanto, a batalha no Juri foi desvendar esta fraude eleitoral, que precisava de provas de seus praticantes.

Assim sendo, os promotores acusaram Trump de falsificar registros comerciais para encobrir o pagamento de um acordo de sigilo a Stormy Daniels, mas alegaram nas declarações iniciais que o caso era sobre “fraude eleitoral”. Usaram a estratégia de combater o negacionismo e a desinformação com informações precisas e contundentes.

A fraude eleitoral, eivada de negacionismo para anular provas e a volumosa desinformação para iludir os eleitores foi enfrentada pelos promotores. De um lado, a atriz confirmou o encontro com Trump e o ato sexual, além do recebimento do cala-boca de mais de 100 mil dólares. Do outro lado, Trump negou o encontro e o ato sexual bem como o pagamento feito de forma sigilosa.

No último dia do julgamento os promotores enfatizaram o negacionismo eleitoral, quando negacionistas radicais de eleições alimentaram ideias ridículas de que Joe Biden não havia ganho as eleições de 2020. Assim sendo, uma boa parte dos apoiadores de Trump, que rejeitam a legitimidade da vitória de Biden em 2020, se baseiam em teorias vagas.

Neste caso, os procuradores de Nova York se envolveram nesta última forma de negação sobre as eleições de 2016. A base do argumento final do promotor Joshua Steinglass para condenar Donald Trump foi que ele conspirou para manipular e defraudar os eleitores, ao suprimir alegações prejudiciais de ligações extraconjugais. Essa supressão pode muito bem ser o que elegeu o presidente Trump, disse o promotor. 

Em outras palavras, Trump pode não ter roubado o cargo de imediato, mas o ganhou ilicitamente, enganando o eleitorado. Esta forma suave de negação eleitoral que os promotores de Nova York provocaram é muito corrosiva para Trump, uma vez que permite que  pessoas inteligentes e informadas rejeitem resultados políticos de que não gostam.

Os eleitores tinham “o direito de decidir por si próprios” o que pensavam do relato de Daniels sobre seu encontro amoroso com Trump, disse Steinglass. Os jurados parecem ter concordado, concluindo que Trump teve a “intenção de fraudar”, o que é um elemento das acusações.

Na discussão final, o advogado de Trump quis fazer o corpo de jurado de idiotas ou surdos lentos, gritando para os jurados uma mentira ridícula e facilmente desmascarada, visando agradar seu cliente. Para ele, encontros amorosos é comum no período eleitoral, como se a discussão dos promotores fosse sobre o crime sexual. Nada disto, a questão principal levantada foi sobre fraude eleitoral.

Gritou ainda para os jurados que é mentirosa a frase famosa de Trump, dita arrogantemente sobre seus assaltos sexuais, que parece ter dado origem ao suborno de Stormy Daniels. Nas fitas do Programa “Access Hollywood” está registrado tal frase muito citada na mídia americana, quando Trump disse que agarrava as mulheres pela vagina e podia fazer qualquer coisa (“grab ’em by the p---y”. “you can do anything”.

Se este argumento for verdadeiro e aplicado no Brasil, muitos políticos serão cassados, caso tente subornar o silencio das mulheres para não revelar casos amorosos. Imaginem se esta moda pega por aqui, a justiça eleitoral vai enfrentar um grande desafio.

Resumindo, até que enfim chegou o dia que muitos esperavam, ou seja, ver Trump ser alcançado pela Justiça. A manipulação do ex-presidente sobre a eleição de 2016, ao silenciar um escândalo sexual que ameaçava suas chances e tentativas de desacreditar um sistema de justiça criminal, que tinha a intenção de puni-lo, foi famosamente frustrado.

O mais importante foi que, no final, Trump foi forçado a enfrentar a justiça como qualquer outro cidadão, graças a um Juri de 12 pessoas comuns, de homens, mulheres e um bravo promotor – Alvin Bragg. Trump foi condenado, mas muitos acham que por conta da idade e ter sido presidente dos Estados Unidos pode não sofrer nenhuma penalidade.

Contudo, para juristas mais experientes, que conhecem a justiça americana, o fim de Trump será na cadeia. Porém, para outros, Biden permanece um candidato problemático, Trump,  diante das evidências judiciais,  provou ser verdadeiramente mais do que terrível e um impenitente criminoso desqualificado para o cargo. Ele deve desistir. 

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