Brejo e Agreste Paraibano e Mistério da Natureza Desprezado

 

Fonte: You Tube                                                                                                                                             

Não jogue cascas de laranjas no lixo, principalmente de tangerinas e laranja Mimo do Céu. Reaproveite-as em chás ou farinha. Considere as cascas de laranjas como um bio recurso renovável e sustentável, transformando desperdícios em aditivos alimentares para a saúde.

A Paraíba sempre é divulgada pela beleza de suas praias, comidas saborosas, gente hospitaleira e o maior São João do Mundo, mas seus mistérios da natureza ainda são desconhecidos e desprezados, a começar pelo Brejo e Agreste Paraibano, na região metropolitana de Campina Grande, que produz frutas muito ricas, há muito tempo consumidas por idosos e recém-nascidos.

Poucos lugares no Brasil produzem a laranja Mimo do Céu, cujos componentes químicos já foram estudados, há mais de dez anos, mostrando ser uma das frutas cítricas ricas para a saúde. Mais estudos são necessários para mostrar o teor de nobiletina (se existe) da laranja Mimo, hoje estudada no mundo inteiro com sinais animadores de que esta substância pode servir para a cura das mais terríveis doenças.

A nobiletina é um flavonoide encontrado nas frutas cítricas, incluindo as laranjas, mas a laranja Mimo-do-Céu não é citada como sendo uma fonte de nobiletina. Como este flavonoide advém das cascas das laranjas, é provável que as cascas da laranja Mimo do Céu sejam ricas em nobiletina, hesperidina, narigenina e outros compostos. Se este for o caso, nunca mais jogue as cascas da laranja Mimo do Céu no lixo, mas tente reaproveitá-las em chás ou farinha para a sua saúde.   

Muitas vezes jogamos no lixo as cascas de laranjas, sem saber que é delas que se extrai os compostos químicos da nobiletina, tangeritina e d-lemoneno, sendo as laranjas Mimo do Céu e as tangerinas vistas entre as mais ricas, sendo estes compostos químicos hoje estudados como sendo fontes promissoras para a cura das mais terríveis doenças como Parkinson e Alzheimer.

Assim sendo, é possível que nas regiões do Brejo e Agreste paraibano encontraremos uma das maiores fontes de nobiletina,  tangeritina e d-lemoneno do Brasil, por ser nestas regiões onde se registra uma das maiores produções de tangerinas e laranja Mimo do Céu no Nordeste. Porém, precisamos de mais pesquisas para comprovar os compostos químicos das laranjas da região, analisando a segurança e toxidades quanto ao uso.

Os flavonoides acima citados são agentes farmacêuticos com múltiplas funções, incluindo neuroproteção, proteção cardiovascular, proteção anticâncer, efeito anti-inflamatório e antioxidante. Enfim, são fontes promissoras para o desenvolvimento de tratamentos medicinais, com efeitos significativos na melhoria da saúde e antienvelhecimento.

Estudos das funções biológicas da tangerina mostram seus efeitos em reduzir o açúcar no sangue, inibindo a inflamação e a oxidação. Além disto é um antiviral e previne doenças cardíacas, hepatite, disfunção renal, além da capacidade da tangerina nos distúrbios neurológicos, incluindo a doença de Alzheimer, epilepsia e doença de Parkinson.

Em estudos chineses foi percebido também que a tangerina teve um efeito anticancerígeno na medicina chinesa tradicional, inibindo o desenvolvimento e a progressão de vários tipos de células cancerígenas. Neste caso, a tangerina não é só usada como uma fruta deliciosa, mas como parte importante da tradicional medicina chinesa.

Embora no mundo ocidental os estudos sobre os flavonoides nobiletina e tangerina sejam bem mais recentes, na medicina chinesa tradicional são usados há muito tempo. Sabemos, também, que muitos experimentos de pesquisas são usados em animais, mas, com certeza, num futuro breve, seus efeitos sejam comprovados em humanos.

Cabe, assim, às autoridades destas duas regiões e outras e a classe política paraibana buscar mecanismos não só de intensificar a produção das laranjas Mimo do Céu e tangerina, mas de promover estudos científicos sobre o uso destes flavonoides em animais e humanos, visando futuramente a produção de medicamentos, alimentos e cosméticos antienvelhecimento para homens e mulheres.

É urgente, no momento, orientar as comunidades sobre o reaproveitamento das cascas de laranjas, transformadas em farinhas para o consumo humano, de forma limitada, até que os estudos comprovem sua utilização de forma mais intensa. Daí a importância de pesquisas sobre as frutas cítricas, considerando agora o uso da nanotecnologia e nanopartículas (micropartículas) no uso da produção de medicamentos, que requer um mercado sustentável de frutas de grande valor comercial.

Temos diante de nós um mistério da natureza que, com certeza, será de grande utilidade para a sociedade paraibana, nordestina e nacional.  No próximo texto faremos uma comparação dos flavonoides destas laranjas nestas regiões, principalmente nos municípios de Matinhas e Lagoa Seca, com a maconha.

A intenção é mostrar para o Brasil e o mundo que os flavonoides das laranjas, nestes dois municípios, são orientados para o cuidado da saúde da humanidade, como um simples mistério da natureza, que não pode ser desprezado e desperdiçado.  

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