Brejo e Agreste Paraibano e Mistério da Natureza Desprezado
Não jogue
cascas de laranjas no lixo, principalmente de tangerinas e laranja Mimo do Céu.
Reaproveite-as em chás ou farinha. Considere as cascas de laranjas como um bio
recurso renovável e sustentável, transformando desperdícios em aditivos
alimentares para a saúde.
A Paraíba
sempre é divulgada pela beleza de suas praias, comidas saborosas, gente
hospitaleira e o maior São João do Mundo, mas seus mistérios da natureza ainda
são desconhecidos e desprezados, a começar pelo Brejo e Agreste Paraibano, na
região metropolitana de Campina Grande, que produz frutas muito ricas, há muito
tempo consumidas por idosos e recém-nascidos.
Poucos
lugares no Brasil produzem a laranja Mimo do Céu, cujos componentes químicos já
foram estudados, há mais de dez anos, mostrando ser uma das frutas cítricas
ricas para a saúde. Mais estudos são necessários para mostrar o teor de
nobiletina (se existe) da laranja Mimo, hoje estudada no mundo inteiro com
sinais animadores de que esta substância pode servir para a cura das mais
terríveis doenças.
A
nobiletina é um flavonoide encontrado nas frutas cítricas, incluindo as
laranjas, mas a laranja Mimo-do-Céu não é citada como sendo uma fonte de
nobiletina. Como este flavonoide advém das cascas das laranjas, é provável que
as cascas da laranja Mimo do Céu sejam ricas em nobiletina, hesperidina,
narigenina e outros compostos. Se este for o caso, nunca mais jogue as cascas
da laranja Mimo do Céu no lixo, mas tente reaproveitá-las em chás ou farinha
para a sua saúde.
Muitas
vezes jogamos no lixo as cascas de laranjas, sem saber que é delas que se
extrai os compostos químicos da nobiletina, tangeritina e d-lemoneno, sendo as
laranjas Mimo do Céu e as tangerinas vistas entre as mais ricas, sendo estes
compostos químicos hoje estudados como sendo fontes promissoras para a cura das
mais terríveis doenças como Parkinson e Alzheimer.
Assim sendo,
é possível que nas regiões do Brejo e Agreste paraibano encontraremos uma das
maiores fontes de nobiletina, tangeritina
e d-lemoneno do Brasil, por ser nestas regiões onde se registra uma das maiores
produções de tangerinas e laranja Mimo do Céu no Nordeste.
Porém, precisamos de mais pesquisas para comprovar os compostos químicos das laranjas da região, analisando a segurança e toxidades quanto ao uso.
Os
flavonoides acima citados são agentes farmacêuticos com múltiplas funções,
incluindo neuroproteção, proteção cardiovascular, proteção anticâncer, efeito
anti-inflamatório e antioxidante. Enfim, são fontes promissoras para o
desenvolvimento de tratamentos medicinais, com efeitos significativos na
melhoria da saúde e antienvelhecimento.
Estudos das
funções biológicas da tangerina mostram seus efeitos em reduzir o açúcar no
sangue, inibindo a inflamação e a oxidação. Além disto é um antiviral e previne
doenças cardíacas, hepatite, disfunção renal, além da capacidade da tangerina
nos distúrbios neurológicos, incluindo a doença de Alzheimer, epilepsia e
doença de Parkinson.
Em estudos
chineses foi percebido também que a tangerina teve um efeito anticancerígeno na
medicina chinesa tradicional, inibindo o desenvolvimento e a progressão de
vários tipos de células cancerígenas. Neste caso, a tangerina não é só usada
como uma fruta deliciosa, mas como parte importante da tradicional medicina
chinesa.
Embora no
mundo ocidental os estudos sobre os flavonoides nobiletina e tangerina sejam
bem mais recentes, na medicina chinesa tradicional são usados há muito tempo.
Sabemos, também, que muitos experimentos de pesquisas são usados em animais,
mas, com certeza, num futuro breve, seus efeitos sejam comprovados em humanos.
Cabe,
assim, às autoridades destas duas regiões e outras e a classe política
paraibana buscar mecanismos não só de intensificar a produção das laranjas Mimo
do Céu e tangerina, mas de promover estudos científicos sobre o uso destes
flavonoides em animais e humanos, visando futuramente a produção de
medicamentos, alimentos e cosméticos antienvelhecimento para homens e mulheres.
É urgente,
no momento, orientar as comunidades sobre o reaproveitamento das cascas de
laranjas, transformadas em farinhas para o consumo humano, de forma limitada,
até que os estudos comprovem sua utilização de forma mais intensa. Daí a
importância de pesquisas sobre as frutas cítricas, considerando agora o uso da
nanotecnologia e nanopartículas (micropartículas) no uso da produção de
medicamentos, que requer um mercado sustentável de frutas de grande valor comercial.
Temos
diante de nós um mistério da natureza que, com certeza, será de grande
utilidade para a sociedade paraibana, nordestina e nacional. No próximo texto faremos uma comparação dos
flavonoides destas laranjas nestas regiões, principalmente nos municípios de
Matinhas e Lagoa Seca, com a maconha.
A intenção
é mostrar para o Brasil e o mundo que os flavonoides das laranjas, nestes dois
municípios, são orientados para o cuidado da saúde da humanidade, como um
simples mistério da natureza, que não pode ser desprezado e desperdiçado.
Comentários