Escolas na Justiça Contra Gigantes das Mídias Sociais Danosas
Source: UOL
Se os legisladores não estão enfrentando os
gigantes das mídias sociais danosas, visando uma legislação de proteção dasociedade, Escolas vão à Justiça, de forma
desesperada, diante de mortes de crianças, discurso do ódio, exploração sexual
e desinformação. Escolas canadenses estão sendo pioneiras em busca de indenizações
para suas crianças afetadas.
No início do ano, dezenas de pais estiveram numa
audiência do Senado americano expondo o nome de seus filhos mortos perante
senadores e donos dos gigantes das mídias
sociais, incluindo Mark Zuckerberg, dono do Facebook e do Instagram, talvez
as mais danosas mídias sociais.
Já foi dito que crianças mortas são apenas o
preço de se fazer negócios, com base no pedido de desculpas de Zuckerberg
durante a audiência acima citada, que tratou das empresas de mídias sociais,
com a presença de adolescentes e pais, segurando fotos de seus filhos mortos em
suicídio, mostrando como as crianças são exploradas e afetadas online pela
natureza viciante das mídias sociais.
Mostraram ainda a presença de predadores sexuais
online, a promoção irrealista dos padrões de beleza, dando origem a questões de
doenças mentais em termos de padrões alimentares de crianças e até casos de suicídio.
“Fui explorada sexualmente no Facebook”, disse uma criança, em vídeo
apresentado.
“Elas são responsáveis por muitos dos perigos
que nossas crianças enfrentam online” disse o Senador Dick Durbin, Presidente
da Comissão Democrática do Judiciário. “A escolha de desenho delas, a falha
delas de investir adequadamente em confiança e segurança, a busca constante de
engajamento e lucros sobre a segurança básica, levam todas a colocarem nossas
crianças em riscos”.
O Senador Republicano de Missouri, Josh Hawley
perguntou a Zuckerberg se ele pessoalmente compensou qualquer uma das vítimas e
suas famílias pelo que passaram, ele respondeu. Acho que não.
Menos de seis horas depois, sua empresa apresentou
seus resultados trimestrais, o preço das ações da Meta (Facebook) subiu,
proporcionando um aumento de US$ 200 bilhões na capitalização do mercado da
empresa e, se contar com o que Zuckerberg, como CEO da empresa faz, um adoçante
de US$ 700 milhões caiu na sua conta pessoal. Para os que estavam na audiência,
nenhuma menção foi feita às crianças mortas.
As empresas de tecnologia de informação
prejudicam rotineiramente os americanos e, em particular, as crianças americanas,
mas prejudicam também as crianças de todas as outras nacionalidades, utilizando
algoritmos de alto riscos.
Recentemente o Wall Street jornal mostrou que
os algoritmos da Meta permitem que os pedófilos se encontrem, levando o
procurador-geral do Novo México a processar a empresa por ser o “maior mercado
para predadores e pedófilos em todo o mundo”.
São vários os exemplos que estão levando
Escolas em todo o mundo a se preocuparem com as médias sociais danosas. Empresas
como Facebook, Instagram, Snapchat e TikTok começam a enfrentar a Justiça e
espera-se que, o mais rápido possível, ações judiciais contribuam com uma forte
regulação das mídias sociais.
Para as Escolas canadenses elas estão
contribuindo para o discurso do ódio e desinformação, facilitando e promovendo
o bullying, aumentando a violência e conflitos nas Escolas. Estas alegações não
foram ainda provadas na Cortes de Justiça, mas espera-se que uma data para o
julgamento seja determinado, o mais rápido possível.
Nos Estados Unidos, trinta e três estados,
incluindo California e Nova York, estão processando o Instagram e Facebook
pelos danos às doenças mentais dos adolescentes, contribuindo para uma crise de
doença mental deles.
Para a promotora de Nova York, Letitia James,
estas empresas estão lucrando em cima das dores de crianças, intencionalmente
desenhando plataformas com características manipulativas que tornam as crianças
viciadas em suas plataformas enquanto estão perdendo a autoestima.
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