Mulheres e Eleição Causando Irritação – Do Golpe à Revolução
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral
A luta das mulheres por democracia, liberdade e
cidadania tem irritado muito o Presidente Bolsonaro na sua caótica gestão, mas o que o irrita mais é a eleição, que
mostra quem ganha e quem perde. Ele tem insinuado que não aceita qualquer
resulto, que não seja a sua vitória.
O uso da linguagem de
sexualidade de Bolsonaro durante o dia maior de nossa Pátria, Independência, com
seus repetidos gritos de imbrochável, deve ter afugentado ainda mais as mulheres, que poderão levá-lo a
uma derrota já no primeiro turno. Existem boas opções na lista de candidatos e
todos os eleitores devem buscar eleger o melhor candidato.
A linguagem chula do
presidente, incluindo a linguagem anal de seu grupo, é conhecida de todos. Já foi dito, por quem entende do assunto, que
o imbrochável do presidente é uma forma de
justificar sua frágil sexualidade. Não precisava nem dos psicanalistas mostrarem
isto, pois a compra de Viagra pelo Exército já comprova tudo. Só falta agora o
presidente falar do tamanho de sua bananinha. Ele tem merecidamente recebido o
troco quando foi chamado de tchutchuca do Centrão, ou seja, mulher submissa do
Centrão. Não podemos esquecer que há muito tempo os fascistas tentavam
controlar a sexualidade das pessoas.
A elite financeira e política do país sempre
apoiou este governo, ganhando muito dinheiro com as benesses oferecidas e com práticas
imorais como o orçamento secreto, incentivando a violência política no país. Acontece
que nos últimos meses, alguns tem mudado de posição, principalmente a elite
financeira, depois de perceber os grandes riscos.
A imprensa burguesa não trata do grande risco a
que foi submetido a sociedade brasileira por conta das insistências da elite
financeira e política do país. O impeachment do presidente poderia ter
acontecido logo no seu primeiro ou segundo ano de governo. O pacto de consenso
de se ganhar dinheiro parecia levar até a um pacto de consenso de um golpe e é
preciso compreender por que isto não aconteceu.
Não fosse o discurso do Presidente Biden
contrário à tentativa de golpe no Brasil, a elite financeira estaria ao lado de
Bolsonaro no dia de nossa Independência e ter arquitetado o golpe de consenso. há
poucos dias o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, general Lloyd James Austin III, esteve no Brasil dizendo que
acredita na democracia e que o poder é do povo e não das Forças Armadas.
Ademais, a elite financeira de nosso país sabe
muito bem do peso que tem o Senador Bernie Sanders, como presidente da Comissão
do Orçamento do Congresso Americano numa represália contra o Brasil. Um golpe
de consenso dado neste dia de nossa Independência levaria o país ao caos e à
falência de muitos empresários, razão pela qual vimos poucos empresários
golpistas no palanque, envergonhando nosso país, no dia da independência.
Enfim, o golpe murchou.
Contudo, desde o início Bolsonaro não demonstrava estar se preparando muito
para um golpe. À moda Trumpista, ele tem dado demonstração clara de querer uma
revolução, atacando o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus ministros, atacando
o processo eleitoral e sempre insinuando que não aceita qualquer resultado de
eleição, que não seja a vitória. O que irrita mesmo Bolsonaro é a eleição e não
só as mulheres.
Através de suas motociatas, exemplo típico de
violência e força bruta, Bolsonaro tem aumentado sua lista de adeptos. Armou quase um milhão de pessoas no país e nomeou cerca de 6.000 militares para seu
governo. Comenta-se que a maioria dos policiais militares o apoia, além de
milicianos. E as forças armadas, em geral, estão ao lado dele? Além disto, os nazifascistas brasileiros o apoia (cerca de 20% da populaçao). Resta o que? Cerca de 70% da
população desarmada, que acredita na democracia e ainda defende mudanças
através do voto, está temendo que neste cenário de violência o valor do voto tenda a diminuir.
Os sinais de violência já são claros, mas o dia
02 de outubro poderá ser o começo de tudo o que foi arquitetado durante quatro
anos aos olhos da classe política e da elite financeira deste país. Desde os
primeiros dias deste governo que as instituições do país começaram sendo
destroçadas e desmanteladas.
Já foi dito, conforme a imprensa, que Bolsonaro
não veio para construir, mas desfazer o que estava
aí. Sua resposta à Pandemia, que matou quase 700 mil de nossos compatriotas, é
o exemplo da maior negligencia já registrada no país. Suas ações radicais, em
termos de leis, decretos e pronunciamentos são desenhadas para atender aos
interesses de estruturas como You Tube, WhatsApp e Telegram, visando atrair
adeptos.
É imprevisível o que vai acontecer, mas
Bolsonaro deve medir os custos de seus atos revolucionários, em termos do
derramamento de sangue e enfrentamento da justiça. Espera-se que a maioria da
população brasileira receba o apoio de outros países para enfrentar esta perigosa
tentativa. A reação das mulheres a este tipo de violência vai ser registrada na
história deste país como nunca e a participação delas na política pode estar
começando e vai irritar muitos, por insistirem na responsabilização.
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