Leão XIV - Da Salvação à Ganância Corporativa e Barbárie

 

Fonte: Globo                                                                                                                                                   

O novo Papa, Leão XIV, nos traz a mensagem de que o conceito de salvação não deve se limitar apenas a nos livrar, individualmente, dos pecados, mas incorporar o que mais nos afeta nos dias de hoje como a ganância das corporações e barbarismo. Neste sentido, enfatiza o trabalho social da igreja com ampla presença de seus fiéis.

Assim sendo, temos que buscar a salvação das doenças, violência, opressão, usura e de todas as barbáries e genocídios em que a salvação é necessária.  Ao usar o título de Leão XIV, o Papa enfatiza o trabalho social da Igreja e nos convoca para enfrentar as tremendas desigualdades sociais, justiça legal favorável aos ricos e às corporações, racismo, destruição das florestas e o ódio dominante.

Infelizmente, em muitos casos governantes e parlamentares são responsáveis por devastadas políticas públicas, favoráveis às corporações e ao barbarismo. Mudanças de legislações em muitos países, incluindo o Brasil, visam tirar os direitos dos trabalhadores e menos favorecidos, transportando benefícios para grandes corporações. Além disto, é comum se observar o uso do poder para atiçar chamas de ódio na sociedade.

O Papa Leão XIV demonstrou ser um admirador do Papa Leão XIII, que nasceu no século XIX e morreu no século XX (1903). Para o Brasil, indicou a promoção ações contra a escravidão, consideradas contra a natureza, mas foi na sua Encíclica Rerun Novarum, em 1891, que ele “abordou pela primeira vez questões de desigualdade social e justiça social, concentrando-se nos direitos e deveres do capital e do trabalho”.

Foi a partir de Leão XIII que “os ensinamentos papais expandiram os direitos e obrigações dos trabalhadores e as limitações da propriedade privada”, tendo ele ainda argumentado que capitalismo e comunismo são falhos.

Enfim, tanto o Papa Leão XIII como o Papa Francisco enfatizaram os ensinamentos do Evangelho, porém Francisco foi chamado de comunista. Esperamos que o Papa Leão XIV continue nos ensinando o Evangelho de Cristo e não seja chamado de comunista. Esperamos que ele consiga trazer mais fiéis católicos a buscarem a salvação não só dos pecados, mas da natureza, da violência, da avareza e usura, do racismo, genocídio e ódio.

A salvação dos pecados  nos é ensinado pela Bíblia, que no Velho Testamento nos mostra uma salvação futura, mas no Novo Testamento, com a vinda de Cristo, nos mostra uma salvação do presente. Não podemos esquecer que um dos principais trabalhos Dele na Terra foi curar enfermos e afastar demônios de pessoas endemoniadas.

Embora o número de seres humanos nesta situação, nos dias de hoje, seja de grande dimensão, o Evangelho de Cristo não parece alcançar muitos na busca da salvação dos pecados e da salvação dos males que nos atingem, apesar do crescimento de inúmeras igrejas. Muitos ateus, fora das igrejas, parecem ser melhor vistos por Deus do que muitos dos que estão dentro delas.

A verdade é que, em muitos países, a escravidão e exploração humana continua como sempre e o trabalho social da igreja, de forma intensa e transparente, é uma forma de intensificar a participação de seus fiéis.

Diante de ações governamentais promovendo a ganância das corporações, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos e Brasil, ações da sociedade devem ser direcionadas para nos salvar da ganância e usura e todos os tipos de barbáries que nos atingem.  

A avareza de corporações, financiadas com recursos públicos no Brasil, está levando o governo brasileiro a se alinhar à administração Trump, que oferece incentivos operacionais para se avançar no desmatamento e destruição da Amazônia e outros biomas do Brasil, através de uma desastrosa produção de carnes, sem nenhuma intervenção da sociedade.

A salvação da destruição da maior floresta do mundo e sofrimento de sua população indígena pode ser inserida nas atividades sociais das igrejas e de todas as instituições em defesa da humanidade.

Esperamos, assim, que o Papa Leão XIV esteja comprometido com todos os tipos de salvação, a exemplo do Papa Francisco, que não esqueceu a região Amazônica

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